Como lidar com ardência na vagina

Existem diversas bactérias responsáveis por controlar o pH da região íntima feminina, o que nos protege de possíveis infecções. No entanto, mesmo com esse mecanismo de proteção, sentir ardência na vagina é um sintoma muito comum vivenciado pelas mulheres.

 

Se você está sentindo esse incômodo, saiba que não há motivos para se envergonhar! Afinal, estamos o tempo todo em contato com o ambiente externo e, mesmo com a higiene em dia, o próprio mecanismo interno do nosso corpo pode influenciar questões ligadas aos incômodos vaginais. Quer entender um pouco melhor por que isso acontece? Segue aí com a gente! ?

 

O que a ardência na vagina pode significar? 

 

Ardência na vagina pode significar muitas coisas, entre elas destacam-se as infecções fúngicas e bacterianas, o ressecamento vaginal e as dermatites. As causas também são diversas, mas, em suma, a ardência está relacionada à intensa coceira vaginal ou vulvar. 

 

Causas para ardência na vagina

 

Embora sentir a vagina ardendo seja uma sensação comum entre as mulheres, não devemos menosprezar essa ardência, mas também não precisamos entrar em pânico ao sentir um desconforto na região íntima. Como sempre, autoconhecimento e autocuidado são tudo! 

 

Abaixo, listamos as causas mais comuns deste sintoma, mas prefira sempre uma confirmação com um profissional da saúde, certo? 

 

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1. Alergias e assaduras

 

Em algumas mulheres, o sistema imunológico pode se tornar mais sensível quando a região íntima entra em contato com certos produtos e substâncias, desenvolvendo uma irritação na mucosa vaginal. Essa reação é chamada de dermatite de contato e pode ser provocada pelo uso de itens como sabonetes, amaciantes, absorventes e alguns tipos de papel higiênico e tecidos de calcinha. 

 

Além disso, nas relações sexuais, o látex do preservativo ou o sêmen do parceiro podem irritar a vagina, provocando uma sensação de ardência. Caso essa reação seja notada, a mulher precisa se atentar ao aparecimento de outros sintomas, como corrimento e mau cheiro, que podem indicar uma infecção.

 

Para tratar as irritações, o mais indicado é que pare de se fazer uso daquilo que provocou a alergia ou a assadura e em alguns casos pode ser necessário fazer uso de medicação. Lembrando que apenas o ginecologista pode examinar e concluir o que é melhor para cada quadro.

 

2. Vaginose bacteriana

 

A vaginose bacteriana é uma infecção comum entre corpos com vagina, tendo maior incidência durante a idade fértil. A condição consiste na alteração no pH vaginal, comprometendo o equilíbrio bacteriano da região íntima feminina. Geralmente, a vaginose bacteriana é contraída por meio de relações sexuais desprotegidas, mas a ducha vaginal também pode aumentar as chances da mulher contrair a infecção. 

 

Por isso, aos primeiros sinais de corrimento de coloração amarela ou cinza, coceira, mau cheiro e ardência vaginal depois de relações sexuais, fique atenta e procure um ginecologista! Ao ser diagnosticada com essa condição, o tratamento será feito a partir de antibióticos.

 

3. Infecção fúngica

 

A infecção fúngica é causada pelo desequilíbrio na flora vaginal, que resulta em um crescimento excessivo de fungos na região íntima. A infecção vaginal mais comum é a causada pelo fungo Candida albicans, chamada de candidíase. Geralmente, essa condição provoca coceira, ardência, vermelhidão e corrimento branco sem odor. 

 

Caso você perceba esses sintomas, procure um ginecologista para ter um diagnóstico adequado e, assim, tratar a infecção. No caso das infecções por fungos, geralmente o médico ou médica prescreve antifúngicos para resolver o problema.

 

4. Infecção urinária

 

Se você está sentindo ardência na vagina ao urinar, provavelmente significa que está com uma infecção no trato urinário (ITU). Nesse caso, é importante procurar um médico ou médica para se certificar do quadro e começar a fazer o tratamento. Geralmente, uma infecção urinária desaparece cinco dias depois de começar a tomar os antibióticos prescritos pelo médico.

 

5. Alterações hormonais

 

Na fase que antecede a menopausa, as alterações hormonais estão a todo vapor, podendo afetar a região vaginal. Além disso, essas variações de hormônio podem aparecer em casos de retirada dos ovários, sessões de radioterapia e utilização de determinadas medicações. 

 

Como consequência dessas alterações, é possível que a mulher sinta ardência na vagina, principalmente durante as relações sexuais. Vale destacar que na menopausa, o desejo sexual e a lubrificação natural da vagina podem sofrer uma diminuição, sendo também possível sentir ardência vaginal e, até mesmo, dor na região.

 

6. Doenças de pele

 

Há algumas doenças de pele capazes de causar ferimentos e ardência nas mucosas do corpo, como boca e vagina. Um exemplo de doença dermatológica que afeta a região íntima feminina é a esclerose do líquen — condição rara da pele que provoca manchas finas e brancas na pele da vagina. 

 

Ao suspeitar de alguma doença dermatológica na região vaginal, não deixe de consultar um médico. Dessa forma, o profissional poderá avaliar o quadro e indicar o melhor tratamento com base no diagnóstico.

 

7. Vulvodínia

 

Durante uma relação íntima, a ardência vaginal pode ser causada por uma condição chamada vulvodínia, a qual provoca sintomas incômodos como dor, irritação, vermelhidão ou sensação de picada na região genital (crônica e frequente). Essa condição pode estar atrelada a disfunções pélvicas, hormonais ou das vias nervosas. Vale ressaltar que somente um médico poderá avaliar o quadro de modo individualizado a fim de indicar o tratamento adequado para o paciente. 

 

8. Herpes genital

 

O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que provoca o aparecimento de lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Os sintomas decorrentes dessa infecção geralmente são leves, podendo passar despercebidos. Já os ferimentos se dão em formas de bolhas, semelhantes a espinhas ou pelos encravados, podendo causar incômodos.

 

Vale destacar que não há cura para o herpes genital, mas o médico pode prescrever remédios para reduzir a incidência e a duração dos surtos. Mesmo medicada, a pessoa pode transmitir a IST para parceiros sexuais, por isso o sexo protegido é tão importante.

 

Ardência antes de menstruar

 

No período pré-menstrual, muitas vezes, podem ser percebidas alterações no pH vaginal, fazendo com que haja um desequilíbrio na flora bacteriana. Por esse motivo, muitas pessoas com vagina podem sentir coceira e ardência antes de menstruar, geralmente decorrentes de infecções vaginais.

 

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Como tratar a ardência vaginal

 

? Tratamentos para ardência vaginal levam em conta primeiramente a existência de  diversas causas possíveis para esse incômodo. Tendo isso em vista, não há como iniciar um tratamento sem antes passar por uma avaliação médica.

 

Dependendo de cada quadro, há medicamentos que podem aliviar os sintomas e contribuir para a melhora da paciente. Contudo, apenas um ginecologista poderá indicar a melhor opção para cada caso.

 

Tratamentos caseiros para aliviar a ardência vaginal

 

Não é possível indicar um tratamento definitivo sem passar por uma avaliação médica. Alguns tratamentos caseiros podem ser eficazes para aliviar momentaneamente a ardência vaginal. Eles devem ser usados sempre em paralelo ao seu tratamento com um médico ou médica, nunca como uma “cura”, ok? 

 

1. Banho de assento com óleo de melaleuca

 

Por possuir propriedades antifúngicas, o óleo essencial de Melaleuca Alternifolia é eficaz no alívio da ardência vaginal. Para fazer o banho de assento, coloque 1 litro de água morna e 5 gotas de óleo essencial de melaleuca em uma bacia. Feito isso, você já pode começar a lavagem vaginal.

 

2. Compressa gelada

 

A compressa gelada pode aliviar a coceira e a ardência na vagina de forma rápida, mas temporária. Para fazer a compressa, coloque três cubos de gelo em um pano limpo e prenda-os nele. Feito isso, leve a compressa até a vagina e mantenha na região durante 5 minutos. Após 30 segundos, repita o procedimento. A compressa gelada pode ser feita até 5 vezes no mesmo dia, com continuação por até 5 dias.

 

3. Vinagre de maçã diluído na água

 

Por possuir propriedades antissépticas, o vinagre de maçã ajuda a combater os fungos causadores de infecções, aliviando os sintomas. Além disso, o vinagre é capaz de reequilibrar o pH vaginal. Para realizar o procedimento, misture meia xícara de vinagre de maçã com água morna em uma bacia. Feito isso, sente sobre o recipiente durante 5 minutos para fazer a lavagem vaginal. O procedimento pode ser realizado de 2 a 3 vezes no mesmo dia, com duração de 15 a 20 minutos em cada vez.

 

Embora este conteúdo traga as principais causas de ardência na vagina e explique as reações mais comuns em cada situação, não hesite em procurar um especialista caso identifique os sintomas citados, principalmente se eles persistirem.

 

Afinal, apenas um profissional da área será capaz de avaliar seu quadro de forma individualizada e, a partir disso, indicar o melhor tratamento para o seu caso.  

 

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