A gravidez na adolescência traz precocemente responsabilidades para as quais ainda não estamos preparadas, mas há muitas maneiras seguras para se proteger. Veja como!
Gravidez na adolescência é um daqueles assuntos que, de tanto ouvir falar, a gente até se acostuma. Mas, na verdade, esse é um problema sério no mundo e, especialmente, no Brasil.
Aqui, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a cada 1000 meninas entre 10 e 14 anos, 53 engravidam*. No resto do mundo, esse número é mais baixo: 41, em média.
Agora, imagina encarar a responsa de ter um bebê tão cedo quando ainda estamos descobrindo quem somos e o que queremos para o nosso futuro?
Por isso, o melhor é prevenir a gravidez na adolescência. E, para isso, nada como muita informação e conversa. Afinal, quanto mais você souber sobre o seu corpo, mais fácil será entender os riscos que corre, e se livrar deles.
Primeiro, vamos entender o papel da menstruação?
Você pode estar pensando: “mas o que gravidez na adolescência tem a ver com menstruação?”. Tudo! Afinal, a menstruação é um dos sinais de que entramos em nossa idade reprodutiva. Ou seja, que o corpo feminino está biologicamente maduro, o que faz com que comecemos a ovular, menstruar e que também possamos engravidar.
Dessa forma, a primeira menstruação ocorre quando o corpo da menina começa a ovular. A idade varia, mas geralmente é entre os 11 e os 14 anos. É o óvulo que, quando fecundado pelo espermatozoide durante uma relação sexual, vai dar início à gravidez.
Quando isso não acontece, as paredes do útero descamam e o óvulo é eliminado pelo corpo. Esse é o sangue da menstruação.
Portanto, esse “ritual” se repete todo mês, em ciclos que podem variar, em média, de 25 a 30 dias: o corpo ovula, se não houver gravidez as paredes do útero descamam e tudo é expelido em forma de menstruação.
Como impedir a gravidez na adolescência
Com o corpo teoricamente maduro, a gravidez na adolescência é um risco constante se a menina não souber como se prevenir.
Principalmente porque, nessa época, temos os primeiros crushes, o primeiro namoro e a primeira relação sexual (a famosa “primeira vez”). E você já entendeu que: sem proteção + corpo biologicamente preparado + sexo = bebê a caminho, certo?
Então, como prevenir a gravidez na adolescência? Existem diversos métodos disponíveis, mas os mais comuns são a pílula anticoncepcional oral e a camisinha masculina.
Resumidamente, a pílula anticoncepcional tem hormônios que evitam que a mulher ovule. Assim, quando há ejaculação durante o sexo, o espermatozoide não encontra um óvulo para fecundar e iniciar uma gravidez.
Já a camisinha (ou preservativo) masculina, é usada pelos meninos para cobrir o pênis antes da penetração. Dessa forma, além de impedir a gravidez, o uso da camisinha evita a transmissão de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HPV, sífilis e HIV.
Para saber qual método anticoncepcional mais combina com você, confira aqui algumas dicas bem esclarecedoras para escolher sem medo!
Informação é a chave
Ser mãe é uma experiência linda, se é o que a mulher deseja para si. Mas, na adolescência, não só atrapalha a vida escolar, como traz uma série de responsabilidades para as quais ainda não estamos preparadas.
Por isso, para curtir essa fase com segurança e consciência, informe-se! Essa é a melhor maneira de tirar dúvidas, deixar certos medos de lado e ser dona das suas escolhas. Converse com uma médica ginecologista, amigas ou mulheres mais experientes.
Quando você aprende a se cuidar, entende os riscos que corre e pode evitar uma gravidez na adolescência.
Assim, mesmo se você ainda não tem uma vida sexual ativa, procure uma gineco. Ela vai explicar todas as mudanças pelas quais seu corpo está passando e, além disso, vai falar sobre os diferentes métodos anticoncepcionais e te orientar direitinho a tomar a pílula, se for o caso.
Não tenha vergonha de ir à gineco e nem fique com medo de ser julgada. Os ginecologistas são profissionais preparados para te escutar e esclarecer todas as questões envolvendo menstruação, gravidez na adolescência, sexo e ISTs.
Converse sem medo de ser julgada! Agende sua consulta com um médico, totalmente gratuita e online!
Referências: *Dados da ONU – UNFPA